quarta-feira, 7 de setembro de 2011

A Tríade - Parte I

Quando eu penso em 2011, cinematograficamente falando, muitos títulos me vêm a cabeça. Quem é meu amigo sabe, não sou saudosista; obviamente que há temporadas melhores que outras, mas não sou de reclamar, mas sim de encontrar o melhor em cada uma delas. Se a quantidade aumenta ou diminui, isso nada tem a ver comigo. Mas dificilmente alguém me verá lamentando saudosamente outros tempos, pelo menos com o cinema (com todo o resto, sou assim mesmo... hehehehehehe).

E faltando quatro meses pro ano terminar, já tendo mais ou menos a noção dos possíveis filmes que ainda verei estrear até o 31 de dezembro, e levando em consideração que apenas as estreias comerciais que acontecem entre o 1o. de janeiro e a data já citada são consideradas em minha lista prática  (lista prática = como não veremos tudo na velocidade com que estreia ao redor do globo, prefiro contabilizar de acordo os filmes forem estreando na nossa província). Essa lista um dia vou batizada de 'Palma do Frank', mas confesso que do festival do balneário francês ela tem bem pouco, fora o bom gosto; é sim uma mistureba de todas as premiações que acompanho por aí... mas falo mais dela em dezembro, quando o momento de liberar os resultados chegar.

Esse post na verdade é uma espécie de 'momento Herculano Quintanilha', pois o ano me apresentou 3 obras definitivas, e vejo pouco no horizonte capaz de brigar com eles. Dialogando pouco entre si a não ser no quesito qualidade (minto: 2 deles tem algo em comum sim), são filmes de nacionalidades bem diversas mas que mexeram comigo como nenhum outro esse ano.

Começando pela ordem que "a retina chegou até eles", venho confessar a situação que descrevi acima. 'A Falta que nos Move' chegou até mim sem querer, há quase 2 anos atrás. Seguindo os amigos Erika Liporaci e Andy Malafaia, fui até a sessão da estreia cinematográfica da diretora teatral Christiane Jatahy meio 'na cara e na coragem', apenas sabendo de sua versão teatral e no que consistia sua proposta no palco. Na tela, um ator querido como Pedro Brício divide com Kiko Mascarenhas, Cristina Amadeo, Marina Vianna e Daniela Fortes uma experiência. Ao esperar um sexto convidado para uma ceia de Natal improvisada, esses 5 amigos (apenas Pedro, Kiko, Cristina, Marina e Daniela) fazem o que parece pouca coisa, num resumo: eles trocam. Experiências, vivências, frustrações, acusações, insultos, carinhos, afagos, impressões da vida. E da arte. A arte.

'A Falta que nos Move' é sobre arte. O cinema como arte, a vida como arte. Onde começa o cinema e termina a vida é algo que nunca me atrevi questionar. A magia do filme está em todo lugar: na paixão de Dani, na depressão de Cris, na liderança de Marina, nos irmãos de Kiko e Pedro, na fotografia do mestre Carvalho, na soundtrack absurdamente deliciosa, na misé-en-scene de Chris Jatahy, com cara de veterana, ao menos dos sentidos e das emoções. Tudo é cinema na tela, e fora dela tudo é encanto. Intepretações estupendas fazem parte do pacote, e Brício particularmente é um gênio. Um filme inesquecível, sobre como arte imita vida, tal qual 'Cópia Fiel'.

(continua...)

4 comentários:

  1. Bem-vindo ao fantástico mundo do blogspot, Carbone! Que bom que finalmente se juntou a nós. Parabéns e fico no aguardo da continuação do post. Bjs

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  2. Parabéns Pelo Blog Carbone! Gostei do seu texto. Já sou sua seguidora. Depois dá uma olhadinha no meu Blog Cinema Para Sempre. Bjs!

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  3. Suspeito para falar né amigo!?
    Amei o Blog e sei q vou sentir um pouco de mim em suas palavras em quase todos os posts... Tá alguns sei q nao... Hehehe
    Parabéns mais uma vez, vc escreve mt bem e a mt tempo, acompanho um pouco do q vc escreve, e agora, mais ainda!
    Bjs!

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  4. Q bom q estão curtindo, seus fofos... ;)

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